(na foto, os réus, julgados durante dois dias)

O julgamento de Elisângela Silva Paião e Fabrício Severino Gomes Merilis, acusados de participação no assassinato do agricultor, Ailton Braz Paião, segue para o segundo dia nesta quarta-feira, 18 de setembro, no Fórum da Comarca de Presidente Prudente. Na primeira sessão, realizada ontem, 15 testemunhas foram ouvidas, mas o tempo não foi suficiente para os debates entre defesa e acusação.

O crime aconteceu em 21 de setembro de 2022, quando Ailton foi vítima de uma emboscada na zona rural de Iepê. A acusação afirma que Elisângela, esposa da vítima, e seu amante, o policial militar Marcos Francisco do Nascimento (que se matou), planejaram o assassinato para garantir que ela recebesse a herança do marido. Usando um perfil falso no WhatsApp, criado com a ajuda de Elisângela, Marcos atraiu Ailton para o local onde ele foi brutalmente atacado por Marcos e Fabrício.

Apesar de ser alvejado com quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas, Ailton sobreviveu ao ataque e foi levado para a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. Três dias depois, no hospital, Marcos Francisco entrou no quarto onde Ailton se recuperava, fingindo ser um policial em serviço. Lá, disparou contra Ailton, matando-o, e logo em seguida tirou a própria vida com um tiro na cabeça.

A defesa de Fabrício é conduzida pelos advogados Marcos Vinicius Alves da Silva e Laerte Henrique Vanzella Pereira, que afirmam não haver provas suficientes que vinculem seu cliente diretamente ao crime. Já a defesa de Elisângela, feita por Helder lino Soares, argumenta que Marcos agiu sozinho e que a viúva não participou do planejamento ou da execução do crime.

Com o número elevado de testemunhas, num total de 15, e a complexidade das provas, os debates entre defesa e acusação foram adiados para hoje. O julgamento, presidido pela juíza Marcela Papa Paes, é acompanhado com grande expectativa pela comunidade de Iepê, onde todos os envolvidos eram muito conhecidos.

Abordagem Notícias segue acompanhando o caso.

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